terça-feira, 4 de maio de 2010

Doença de Alzheimer e Reabilitação: algumas informações importantes

O desenvolvimento de dificuldades progressivas com a memória durante o processo de envelhecimento tem sido interpretado de diferentes formas ao longo dos anos. O próprio Alois Alzheimer, ao descrever a doença que hoje recebe seu nome, sugeriu que o quadro demencial por ele observado representava uma “forma de envelhecimento acelerado”.

De fato, há várias evidências de que o desempenho intelectual do idoso normal apresenta discreta deterioração em tarefas que exigem maior velocidade e flexibilidade no processamento de informações.

A presença de sintomas depressivos e ansiosos parece ser uma importante fonte de vivência subjetiva de deterioração da memória não necessariamente considerada uma demência.

A demência ou o mal de Alzheimer é uma doença cerebral degenerativa primária, com aspectos neuropatológicos e neuroquímicos característicos, de início insidioso e desenvolvimento lento. Pode dar-se na meia idade ou até mais cedo (pré-senil), apesar de a maior incidência ocorrer em idade mais avançada. Quando o início dos sintomas aparece tardiamente, entre os 65 e 80 anos, são observados progressão lenta e comprometimento da memória como aspecto principal.
O diagnóstico de DA baseia-se no quadro clínico e na exclusão de outras causas de demência por meio de exames laboratoriais, sendo a avaliação neuropsicológica essencial para seu diagnóstico, já que avalia todo funcionamento cognitivo do indivíduo.

O quadro clínico da demência de Alzheimer caracteriza-se, de uma forma geral, por progressivo distúrbio da memória, associado a alterações na linguagem, nas habilidades atencionais, visuomotoras e visuoespaciais, além de alterações comportamentais. Muitas vezes, porém, dificuldades em estabelecer relações semânticas não são evidenciadas no início da doença.

Do ponto de vista clínico, a avaliação do grau de consciência da doença é relevante, pois a adesão ao tratamento e o desenvolvimento de intervenções não-medicamentosas, assim como de estratégias dirigidas ao aumento o bem-estar de pacientes e familiares, dependem em grande parte de quanto os pacientes reconhecem seu estado.

Após o diagnóstico, a reabilitação do paciente é imprescindível. Desta forma, a Reabilitação Neuropsicológica é um processo ativo que visa capacitar pessoas com déficits cognitivos causados por lesão ou doença, para que essas adquiram um bom nível de funcionamento social, físico e psíquico. Dessa maneira, a reabilitação implica maximizar funções cognitivas por meio do bem-estar psicológico, da habilidade em AVD e do relacionamento social, além de diminuir os déficits que ocasionam afastamento e isolamento social, dependência e discriminação.

Salienta-se ainda que foi descrito apenas  um panorama geral da doença, sendo importante a procura de profissionais especializados para detecção da problemática do paciente, orientação dos familiares e/ou encaminhamentos necessários.

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