terça-feira, 31 de agosto de 2010

Síndrome do Pânico

O Transtorno do pânico é um distúrbio de ansiedade importante caracterizado por sintomas reais físicos e psicológicos, como medos irracionais (chamados fobias) de situações específicas que começam a ser evitadas. Gradativamente o nível de ansiedade e o medo nas crise podem atingir proporções tais, que a pessoa com o transtorno do pânico pode se tornar incapaz de dirigir ou mesmo pôr o pé fora de casa. Desta forma, o distúrbio do pânico pode ter um impacto tão grande na vida cotidiana de uma pessoa como outras doenças mais graves - a menos que ela receba tratamento eficaz e seja compreendida pelos demais.



Nos últimos tempos, um grande número de pessoas vêm sendo afetadas por esse terrível mal. Trata-se de uma situação limite, sempre relatada de forma extremamente dramática pelas pessoas que vivenciaram ou que ainda vivenciam tal situação.



Em se tratando das questões neurobiológicas, o cérebro produz substâncias chamadas neurotransmissores que são responsáveis pela comunicação que ocorre entre os neurônios (células do sistema nervoso). Estas comunicações formam mensagens que irão determinar a execução de todas as atividades físicas e mentais de nosso organismo (ex: andar, pensar, memorizar, etc). Um desequilíbrio na produção destes neurotransmissores pode levar algumas partes do cérebro a transmitir informações e comandos incorretos. Isto é exatamente o que ocorre em uma crise de pânico: existe uma informação incorreta alertando e preparando o organismo para uma ameaça ou perigo que na realidade não existe. É como se tivéssemos um despertador que passa a tocar o alarme em horas totalmente inapropriadas. No caso do Transtorno do Pânico os neurotransmissores que encontram-se em desequilíbrio são: a serotonina e a noradrenalina.



Os sintomas físicos podem durar minutos e aparecem subitamente, sem nenhuma causa “aparente”, podem ser eles:



• Contração / tensão muscular



• Taquicardia (o coração dispara)



• Tontura, atordoamento, náusea



• Dificuldade de respirar (boca seca)



• Sudorese



• Sensação de que algo horrível está prestes a



• Medo de perder o controle



• Medo de morrer



• Vertigens



A cura não se dá de forma espontânea, pois necessita de um tratamento específico e especializado para que seja eficaz, associando psicoterapia e medicamentos.



O Transtorno do Pânico não é loucura, nem "frescura". Devemos compreender o que a pessoa passa; levando bem-estar e tranquilidade



De qualquer forma, antes de mais nada, consulte um médico para ter certeza de que não há nenhum problema real de saúde!!!



Com a confirmação de boa saúde, procure um psicólogo e cuide de sua saúde mental!!!

sábado, 28 de agosto de 2010

Universidades com vestibular diferenciado para os Disléxicos

Atualmente os alunos diagnosticados como disléxicos poderão ter oportunidade e igualdade na aquisição dos conhecimentos, devido a compreensão do distúrbio.

As Universidade como Mackenzie, a Fundação Getúlio Vargas (FGV), a Escola Superior de Propaganda e Marketing (ESPM) e a Universidade de São Paulo (USP), por exemplo, já possuem vestibular diferenciado para os disléxicos.

"Uma pessoa lê a prova e depois passa o resultado para o gabarito. Devido a dificuldade com a escrita, o candidato dita a redação porque oralmente ele não tem problema nenhum. São coisas simples de fazer, mas que fazem muita diferença para um disléxico", diz Rosemari Marquette de Melo, presidente da Associação Brasileira de Dislexia. Segundo ela, na Europa e Estados Unidos, todos os alunos disléxicos têm, por lei, o direito a um computador com corretor ortográfico e mais tempo para fazer os exames, além de poderem optar pelo exame oral.

"É isso que queremos que seja adotado no Brasil. Que a escola dê o suporte para a aprendizagem. Existe a Lei da Inclusão, mas ela é insuficiente nesses casos", aponta. Outra demanda da Associação Brasileira de Disléxicos é que os concursos e a prova para obter a carteira de habilitação de motorista levem em conta as especificidades dos disléxicos. A pessoa pode fazer a mesma prova, só precisa de um pouco mais de tempo e uma assistência que não comprometa o processo de seleção", afirma.

Segundo ela, o Ministério da Educação (MEC) criou um grupo de trabalho para debater o assunto e a expectativa da Associação Brasileira de Dislexia é que em 2010 um projeto de lei seja encaminhado ao Congresso Nacional. "A dislexia não é o resultado de má alfabetização, desatenção, desmotivação, condição sócioeconômica ou baixa inteligência. Os disléxicos só precisam de apoio". (ABD)

Ofício do MEC em relação aos alunos disléxicos ou com outras disfunções específicas

Extraído do Ofício nº 525 / MEC / SEESP / GAB - Brasília, 18 de agosto de 2003:

“De acordo com as Diretrizes Nacionais para a Educação Especial na Educação Básica, a ação da Educação Especial tem como abrangência não apenas as dificuldades de aprendizagem relacionadas a condições, disfunções, limitações e deficiências, mas também aquelas não vinculadas a uma causa orgânica específica, considerando que, por dificuldades cognitivas, psicomotoras e de comportamento, alunos são freqüentemente negligenciados ou mesmo excluídos de apoios escolares.

O quadro das dificuldades de aprendizagem “absorve uma diversidade de necessidades educacionais, associadas à dificuldades específicas de aprendizagem, como a dislexia e disfunções correlatas, problemas de atenção, perceptivos, emocionas...”

Podemos destacar ainda em relação às Diretrizes Nacionais da Educação Especial na Educação Básica em que diz:
- Art. 8º: as escolas regulares devem prever e prover na organização de suas classes comuns, serviços de apoio pedagógico especializado em sala de recursos para atender às necessidades educacionais especiais dos alunos, utilizando procedimentos, equipamentos e materiais específicos. Além disso, a Lei de Diretrizes e Bases da Educação (Lei 9.394/96) no seu art.59, inciso I, enfatiza que: “os sistemas de ensino assegurarão aos educandos com necessidades especiais: currículos, métodos, técnicas, recursos educativos e organização específicos, para atender às suas necessidades."

Em se tratando de alunos disléxicos, a escola em sua proposta pedagógica, deve prever avaliação individualizada de mecanismos diferenciados que facilitem esse processo, assim como permitir que o professor trabalhe com o aluno de forma diferenciada, observando suas necessidades e identificando adaptações que favoreçam o seu aprendizado.