segunda-feira, 16 de maio de 2011

Alunos puramente copistas atingem um terço da população brasileira

O site O GLOBO publicou em maio de 2011, um artigo tratando de alunos copistas.
Esse tipo de aluno, mais comum do que podemos imaginar, principalmente em escolas públicas, é um exemplo recente do analfabetismo funcional, que no país atinge um terço da população. Dos que aprenderam a ler e escrever mais tarde, entre 9 e 14 anos - característica do copista, só 13% se tornaram plenamente alfabetizados, apontam dados inéditos calculados pelo Instituto Paulo Montenegro a pedido do GLOBO, sobre jovens de 15 a 24 anos das nove principais regiões metropolitanas do país.

O analfabeto funcional é quem lê mas não interpreta um texto, mas o copista é quem só copia, não sabe que o "a" que escreveu, por exemplo, é um "a". Eles normalmente não entendem nada do que está escrito na lousa.
Segundo Marilene Proença, professora da USP, são crianças que não se apropriam do significado das palavras. Mas vão galgando as séries porque, como copiam, conseguem cumprir algumas tarefas em sala.

O aluno copista é forte candidato a ser um analfabeto funcional ao longo da vida - diz Ana Lúcia Lima, diretora-executiva do Instituto Paulo Montenegro, que desde 2001 calcula o Indicador de Alfabetismo Funcional (Inaf). - Ele tem grande risco de se tornar o chamado alfabetizado rudimentar: reconhece algumas palavras, escreve um bilhete, dá um troco e pronto.

Dois dos principais motivos apontados para o analfabetismo funcional são alfabetização tardia e baixa escolaridade dos pais. Segundo dados inéditos do Instituto Paulo Montenegro, sobre jovens das Regiões Metropolitanas, entre os alfabetizados plenos, 90% aprenderam a ler até os 8 anos. Quando o pai ou a mãe tem o fundamental, cerca de 69% dos filhos são analfabetos funcionais ou alfabetizados em nível básico. Mas, quando o pai ou a mãe tem nível superior, até 75% são alfabetizados plenos.
O peso da educação dos pais na dos filhos é mostrado ainda por dados do Pnud sobre jovens na América Latina. Quando os pais têm nível secundário, os filhos têm 5,4% de chance de chegar à universidade; já quando os pais têm nível universitário, os filhos têm 71,6% de chance de ir à faculdade. O pai de Vanderson, Jorge Salindo, estudou até a antiga 5 série; teve de ir "trabalhar em obra para ajudar em casa".
No caso do copista, haveria mais um motivo: um sistema de ciclos ou progressão continuada malfeito. Aí, o aluno, mesmo só copiando, avança nas séries sem repetir.

Se seu filho ou aluno é um copista, procure ajuda especializada para identificar  o que está acontecendo!!!
Ligue para a clínica e marque uma consulta!!!

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