sexta-feira, 16 de abril de 2010

Um pouquinho de Psicopedagogia

A Psicopedagogia é o campo de atuação que lida com o processo de aprendizagem humana. Sua natureza é interdisciplinar, portanto, integra vários campos de conhecimentos para compreensão do ato de aprender, tais como Filosofia, Psicologia, Pedagogia, Sociologia, Neurologia, Psicolingüística, entre outras.

O Psicopedagogo não é um professor particular e sim um mediador do conhecimento, já que compreende os processos de desenvolvimento e aprendizagem humana, recorrendo à estratégias psicopedagógicas ou áreas diversas para tratar as dificuldades ou transtornos de Aprendizagem
Lidando tanto com o campo preventivo (estudar as condições evolutivas da aprendizagem, buscando caminhos para aprendizagem mais eficientes) quanto terapêutico (buscar obstáculos e causas para a problemática já instalada).

O trabalho psicopedagógico destina-se à crianças, adolescentes e adultos com problemas de aprendizagem, orientação escolar e aos pais e assessoria quanto as questões voltadas a aprendizagem como cursos, palestras ou orientações na metodologia e ensino.

Processo de avaliação psicopedagógica

Etapas do Processo Psicopedagógico:

- Avaliação: tem finalidade de investigar e pesquisar quais obstáculos que levam o indivíduo a não aprender, aprender com lentidão e/ou com dificuldade. Avalia-se habilidades acadêmicas, psicomotoras, perfil cognitivo, emocional, humor e comportamento com testes específicos com a criança, escola e família, observações lúdicas e comportamentais, entre outras.


- Diagnóstico: busca observar a produção do indivíduo em avaliação. Há uma compreensão global da sua forma de aprender e dos desvios que ocorrem. Habilidades e dificuldades são apresentadas e hipóteses são formuladas.


- Devolutiva: encontro entre sujeito, terapeuta e família visando relatar os resultados obtidos durante a avaliação e seus devidos encaminhamentos.

- Intervenção: É o tratamento em si e/ou as orientações necessárias.

Artigo completo no site: http://www.clinicasociale.com.br

terça-feira, 13 de abril de 2010

O que é Dislexia???

“ A Dislexia é um distúrbio específico de linguagem, constitucional (neurológico), de origem genética, caracterizado pela dificuldade de decodificar palavras simples, resultando em problemas como dificuldade de leitura e de aquisição de linguagem, além de falhas na capacidade de ler e soletrar” (Associação Internacional de Dislexia)

Desde 1960 até dias atuais, a Dislexia vem sendo descrita com as seguintes características:

  1. Inteligência dentro da normalidade;

  2. Ausência de deficiências cognitivas, sensoriais e motoras;

  3. Presença de fatores neurobiológicos;

  4. Presença de histórico familiar;

  5. Presença de alterações em habilidades cognitivas que comprometam a atenção, memória e percepção;

  6. Ambiente sociocultural e escolar adequado;

  7. Persistência dos sintomas da infância até idade adulta.


    Tipos:

    - Dislexia de desenvolvimento/ primária/ específica: quando o fracasso na aquisição da completa competência na leitura/escrita é de origem constitucional.

    - Dislexia adquirida/ sintomática: quando as habilidades de leitura/escrita, já normalmente desenvolvidas, são perdidas como resultado de uma lesão cerebral

    Classificação atual das Dislexias:

    **DISLEXIA FONOLÓGICA OU DISFONÉTICA
    - Comprometimento da rota fonológica;
    - Dificuldade na leitura oral das palavras pouco familiares e pseudopalavras;
    - Dificuldade de memória de curto prazo fonológica e consciência fonológica;
    - Dificuldade de precisão no reconhecimento da palavra;
    - Tipos de trocas principais: Trocas letras surdas/sonoras, arquifonemas (ar,an, al), grupos consonantais, vogais e nasais, Omissões de letras;
    - Dificuldade e erros em ditados;


    ** DISLEXIA DISEIDÉTICA OU SUPERFICIAL
    - Comprometimento da rota lexical/ortográfica;
    - Dificuldade na leitura devido a problema de ordem visual (dificuldade para perceber a palavra como um todo);
    - Apresentam omissões, inversões, aglutinações, trocas espaciais –b/d, p/q, confusões na leitura (esguia/estria)
    - Vão pior na leitura de palavras irregulares (Tóxico por “tóchico”)- já que realizam leitura fonológica;


    ** DISLEXIA MISTA
    - Comprometimento nas duas rotas;


  • Fiquem alertas se a criança apresentar alguns desses sintomas descritos a seguir na Pré -Escola. Isso não significa necessariamente dislexia, mas pede atenção:

 - Dispersão;

- Fraco desenvolvimento da atenção;

- Atraso no desenvolvimento da fala e da linguagem;

- Dificuldade em aprender rimas e canções;

- Fraco desenvolvimento da coordenação motora;

- Dificuldade com quebra cabeça;

- Falta de interesse por livros impressos;




  • Já se na Idade Escolar, a criança continua apresentando alguns ou vários dos sintomas a seguir, é necessário um diagnóstico e acompanhamento adequado:
- Pobre conhecimento de rima (sons iguais no final das palavras) e aliteração (sons iguais no início das palavras);

- Desatenção e dispersão;

- Dificuldade em copiar de livros e da lousa;

- Dificuldade na coordenação motora fina (desenhos, pintura) e/ou grossa (ginástica,dança,etc.);

- Desorganização geral, podemos citar os constantes atrasos na entrega de trabalhos escolares e perda de materiais escolares;

- Confusão entre esquerda e direita;

- Dificuldade em manusear mapas, dicionários, listas telefônicas, etc...

- Vocabulário pobre, com sentenças curtas e imaturas ou sentenças longas e vagas;

- Dificuldade na memória de curto prazo, como instruções, recados, etc...

- Dificuldades em decorar seqüências, como meses do ano, alfabeto, tabuada, etc..

- Dificuldade na matemática e desenho geométrico;

- Dificuldade em nomear objetos e pessoas (disnomias)

- Troca de letras na escrita;

- Dificuldade na aprendizagem de uma segunda língua;

- Problemas de conduta como: depressão, timidez excessiva ou o ‘’palhaço’’ da turma;

- Bom desempenho em provas orais.

 
Se um adulto não teve um acompanhamento adequado na fase escolar ou pré-escolar, poderá apresentar dificuldades na leitura e escrita e até mesmo dislexia...

 
Por isso, em caso de dúvidas, procure um especialista.
Nosso telefone está disponibilizado neste Blog. É só ligar e tirar suas dúvidas!!!

segunda-feira, 12 de abril de 2010

TERAPIA COGNITIVO-COMPORTAMENTAL

A Terapia Cognitiva utiliza o conceito da estrutura “biopsicossocial” na determinação e compreensão dos fenômenos relativos à psicologia humana, no entanto constitui-se como uma abordagem que focaliza o trabalho sobre os fatores cognitivos da psicopatologia. Leva em conta a influência do pensamento sobre o afeto, o comportamento, a biologia e o ambiente.

Nesta abordagem terapêutica, os indivíduos atribuem significado a acontecimentos, pessoas, sentimentos e demais aspectos de sua vida. Com base nisso, comportam-se de determinada maneira e constroem diferentes hipóteses sobre o futuro e sobre sua própria identidade. Em alguns momentos a resposta habitual pode ser uma característica geral dos indivíduos dentro de determinada cultura, em outros momentos estas respostas podem ser disfuncionais e derivadas de experiências particulares e peculiares a um indivíduo. Desta forma, o objetivo da Terapia é trabalhar a natureza de conceitos (resultados de processos cognitivos) envolvidos em determinada psicopatologia que adquirem respostas mal adaptadas ou disfuncionais do indivíduo, fornecendo estratégias capazes de corrigir estes conceitos disfuncionais. Os sistemas de crenças pessoais são testados com relação à suas conseqüências e funcionalidade para a vida do paciente dentro de contextos específicos.

O processo terapêutico, leva principalmente em conta as interpretações que cada um dá a si e aos acontecimentos para tentar entender e modificar suas emoções e seu modo de agir, esses são seus pilares centrais. O terapeuta irá ajudá-lo a entender esses problemas e a desenvolver maneiras de lidar com eles.

Algumas das razões comuns para fazer psicoterapia são:

- querer fazer mudanças positivas em sua vida;
- dificuldades com relacionamentos;
- desequilíbrio na vida conjugal, familiar, escolar, no trabalho;
- desenvolvimento pessoal;
- problemas de comunicação;
- trauma por sequestro, assalto, estupro;
- ansiedade;
- pânico;
- estresse;
- sintomas depressivos;
- luto;
- transtornos alimentares;
- falta de confiança em si e baixa auto-estima;
- excesso de ciúmes nas relações;
- TOC;
- falta do motivação;
- desajustes comportamentais em adolescentes;
- problemas de identidade e personalidade...